Mês do Orgulho: Ser, pertencer, representar e transformar

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Dar visibilidade para as minorias é a chave para uma sociedade menos excludente e a oportunidade de todas as pessoas demonstrarem o seu talento, sua essência e beleza.

O mês de junho é especial para a comunidade LGBTQIAPN+ em todo o mundo pela celebração e luta por ocasião do Mês do Orgulho. Este período é um marco importante para a busca por direitos e igualdade de pessoas que fazem parte dessa diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.

Pela importância histórica da celebração, é fundamental falarmos dos desafios enfrentados pela comunidade no Brasil, especialmente no que diz respeito à violência e lgbtfobia, além das dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Mesmo com muitas conquistas nos últimos anos, dados e pesquisas nos mostram que ainda temos um longo caminho pela frente.

Importância histórica

O Mês do Orgulho tem suas raízes em um evento histórico que ocorreu em 28 de junho de 1969 conhecido como a Rebelião de Stonewall. Em Nova York, nos Estados Unidos, ocorriam frequentemente batidas policiais em bares frequentados pela comunidade LGBTQIAPN+.

No entanto, naquela noite, as pessoas decidiram se levantar e resistir à violência e à opressão. Esse levante foi um ponto de virada na luta pelos direitos civis e marcou o início do movimento de orgulho e visibilidade.

O orgulho como conscientização

O Orgulho LGBTQIAPN+ desempenha um papel fundamental na conscientização e aceitação da diversidade sexual e de gênero. Ele é uma oportunidade para celebrar as conquistas alcançadas até o momento, assim como para reafirmar o compromisso de lutar contra a discriminação e o preconceito. Além disso, o Orgulho é um momento de união e solidariedade entre a comunidade e seus aliados, promovendo a visibilidade e a busca por direitos iguais para todos.

Violência e lgbtfobia no Brasil

Infelizmente, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos em relação à discriminação contra a comunidade LGBTQIAPN+. Dados alarmantes revelam que o país é um dos mais perigosos para pessoas LGBTQIAPN+, com altos índices de agressões físicas, violência verbal e até mesmo assassinatos motivados por intolerância. Essa realidade mostra a necessidade urgente de combater a discriminação e criar políticas públicas efetivas para proteger os direitos e a segurança dessa comunidade.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a violência contra a população LGBTQIAPN+ apresentou um crescimento significativo no ano de 2021, sendo:

– 35,2% a mais de agressões
– 7,2% a mais de homicídios
– 88,4% a mais de estupros comparado ao ano de 2020

Por isso, é de grande importância trazermos campanhas, como as realizadas pela Aneethun, que reafirmam a importância de lutar contra a desigualdade motivada por LGBTfobia.

Vale mencionar que a LGBTQIAPN+fobia e a injúria LGBTQIAPN+fóbica são crimes no Brasil desde 2019, previstos na Lei 7.716/89, podendo ser denunciadas por qualquer pessoa, não apenas por quem sofreu diretamente a ação discriminatória.

Mercado de trabalho e a falta de oportunidades

Além dos desafios enfrentados em relação à violência, as pessoas LGBTQIAPN+ também encontram dificuldades ao buscar inserção no mercado de trabalho.

A discriminação e o preconceito muitas vezes se manifestam na forma de recusas de emprego, demissões injustas e ambiente de trabalho hostil. Essas barreiras impactam negativamente a vida profissional e financeira dessa comunidade, limitando suas oportunidades de crescimento e contribuição para a sociedade.

Segundo pesquisa realizada em conjunto pelo Instituto Datafolha e a ONG global All Out:

40% da população LGBTQIAPN+ brasileira afirma que se sente rejeitada no mercado de trabalho;

19% das pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQIAPN+ apontam que há alguma diferenciação no tratamento;

16% alegam já terem sido alvo de comentários negativos devido à sua orientação sexual no trabalho;

58% dizem que tiveram que se adaptar ao mercado informal;

20% da população trans não tem emprego formal, assim como 56,82% sofrem com insegurança alimentar.

Junte-se a nós nessa luta!

No mês dedicado ao Orgulho LGBTQIAPN+, a Aneethun traz uma mensagem de apoio e acolhimento em âmbito nacional, dando visibilidade para as minorias, sendo uma campanha-chave para uma sociedade menos excludente. Estar, conquistar e representar transformam vidas. Nós temos orgulho dessa causa!

Vem com a gente construir um mundo mais igualitário? Siga nossas redes sociais e acompanhe uma série de conteúdos com pautas importantes para atuarmos firmemente no combate à violência, além de valorizar a luta da população LGBTQIAPN+. A linguagem oficial de Aneethun é o amor, de todas as formas, jeitos e cores. Que este mês sirva para reforçar que a luta continua nos 365 dias do ano!

#MêsDoOrgulho