Descubra quais são as diferenças entre quebra e queda de cabelo

Descubra quais são as diferenças entre quebra e queda de cabelo

Tempo de leitura: 16 minutos

Você se desespera a cada vez que vai lavar a cabeça e percebe a quantidade de fios que se desprendem? Ou fica arrasada quando acorda e percebe quanto cabelo ficou para trás no travesseiro? Provavelmente, a primeira reação é achar que suas madeixas estão caindo, não é? Mas há uma grande possibilidade de ser apenas quebra de fios. E cada caso vai demandar um cuidado diferente e especial. Esse artigo vai diferenciar quebra e queda de cabelo e te ensinar a lidar com cada problema.

Se você se identificou com as situações acima, continue lendo este artigo. Vamos explicar quais as diferenças entre quebra e queda de cabelo e o que fazer para lidar com cada um desses problemas.

Como saber se o cabelo está quebrando ou caindo?

Ok, agora que você sabe que queda e quebra de cabelo são diferentes, deve estar se perguntando o que se passa com seu organismo. Acertamos? A ajuda de um especialista é sempre bem-vinda nessa situação, mas há alguns testes que você pode fazer sozinha, em casa.

O primeiro deles é pentear os cabelos secos, ao acordar, e observar quantos fios vão cair. Perder até 100 por dia é totalmente normal e você não deve se preocupar. Mas um número muito acima disso é sinal de alerta.

O segundo truque é verificar a densidade do cabelo no topo da cabeça e ao longo dos fios. Sabe quando você nota que as pontas estão minguadas (ao juntar os dedos nessa parte, não é possível pegar quase nada), mas há um maior volume no alto da cabeça?

Trata-se de um indício de quebra. Salvo cabelos intencionalmente repicados, a sensação de quem pega em fios quebradiços é essa: muita raiz para pouca ponta. Isso significa que a madeixa se partiu, quebrou no comprimento, por motivos que veremos daqui a pouquinho.

Mas, se você percebe que a densidade do cabelo no topo da cabeça é basicamente a mesma do comprimento dos fios e, no teste do pente, houve uma perda maior do que a “permitida”, esse pode ser um caso de queda.

O que caracteriza a quebra de cabelo?

Com os testes que indicamos, fica mais fácil entender a quebra de cabelo, não é mesmo? Ela ocorre quando o fio se parte em qualquer comprimento, mesmo bem pertinho da raiz, mas o folículo se mantém intacto.

Muitas mulheres que sofrem com cabelos quebrados podem se confundir e achar que se trata de queda. Na realidade, a maior parte daquelas que chegam aos salões de beleza preocupadas se vão ficar carecas só apresenta fios partidos.

Quanto mais próximo da raiz a madeixa se quebra, mais o cabelo fica com aquele aspecto arrepiado. Sabe quando seu corte tem um comprimento, mas você vai fazer um penteado e percebe fios fora do lugar que, definitivamente, não são obras da tesoura? Pois é.

A boa notícia é que a quebra de cabelo é, em geral, bem mais fácil de ser resolvida do que a queda efetiva. Mas isso não significa que você deva se descuidar: é preciso saber o que está ocasionando o quadro e tomar as devidas providências.

Causas

Como já adiantamos, os fios podem se quebrar por diversos motivos. O mais provável é que estejam fragilizados e secos — o que coloca as mulheres com química no cabelo (colorações, descolorações e alisamentos) ou madeixas naturalmente mais ressecadas no topo da lista de ocorrências.

O excesso de calor do secador, da chapinha ou do babyliss também é um grande inimigo. Mas até outros agentes externos, os quais você não controla, podem favorecer a quebra dos fios, como a luz solar e o vento.

Provavelmente, o cabelo que quebra também não está recebendo reposição adequada para minimizar todos esses danos. Isso inclui um trabalho feito diretamente nos fios, por meio de máscaras apropriadas, mas também o consumo correto de água e alimentação adequada por exemplo.

A alimentação deficiente é outro fator que agrava o problema. Sem os nutrientes necessários, as madeixas ficam menos saudáveis e mais fragilizadas, ou seja, mais propensas a quebras. Se alimentar bem garante que seu cabelo vai receber todas as vitaminas necessárias para se manter forte e crescer de forma saudável.

É preciso atentar, ainda, à forma como você prende ou solta seus cabelos e aos acessórios que usa. Alguns elásticos e presilhas de metal são mestres em ocasionar quebras.

Formas de prevenir

Evitar a quebra de cabelo não é tão difícil: basta ter fios saudáveis. Para tanto, é necessário tomar alguns cuidados. Vamos a eles?

Diminua a frequência dos procedimentos químicos

Essa dica é quase óbvia, não é? Se o cabelo pode se partir por estar fragilizado pela química, aumentar o espaço de tempo entre um procedimento e outro pode manter você longe do problema da quebra. Portanto, pense com cautela sobre madeixas platinadas, por exemplo, pois a necessidade de manutenção é grande e a raiz natural aparece rapidinho.

Evite secador, chapinha e babyliss

Todos esses aparelhos têm em comum o uso do calor para modelar os fios — e, a longo prazo, o resultado é um cabelo quebradiço. Por isso, sempre que puder deixar o cabelo secar naturalmente, escolha essa opção. Se for usar um dos três acessórios, apele para um bom protetor térmico para minimizar os danos.

Não abra mão da hidratação

Tem gente que não acredita, mas hidratar constantemente o cabelo traz resultados muito além daqueles imediatos. A hidratação fortalece os fios, fornecendo nutrientes necessários e impedindo o ressecamento. Que tal aplicar uma boa máscara uma vez por semana?

Tome cuidado ao prender os fios

Como dissemos, alguns tipos de elástico e presilhas acabam quebrando o cabelo se manuseadas da forma errada. E a consequência é uma quantidade imensa de fios arrepiados no topo da cabeça, por falta de cuidado. Portanto, opte por acessórios mais macios e pegue leve nos itens de metal.

Saiba pentear seu cabelo corretamente

Está aí uma boa forma de evitar os temíveis fios quebrados: a atenção à escovação. A forma certa depende de cada cabelo — as cacheadas e crespas devem pentear as madeixas ainda molhadas e com um pente de dentes largos.

Já quem tem cabelos lisos e ondulados pode pentear as mechas já secas com cuidado, começando das pontas em direção à raiz. Essa técnica (por etapas) evita que os fios se embolem em nós.

Não subestime o poder da alimentação

Ter uma boa alimentação é essencial para que o cabelo mantenha seu aspecto saudável e, principalmente, sua estrutura sadia. Com as vitaminas e os nutrientes necessários, os fios ficam bem mais fortes e resistentes às quebras.

A ingestão correta de água também entra aqui: se você bebe pouca quantidade do líquido ao longo do dia, a tendência é que sua pele, sua unha e seus cabelos fiquem mais ressecados (por isso, quebram com maior facilidade).

Tratamentos para cabelos quebrados

Ok, você já percebeu que está sofrendo com os cabelos quebrados. Agora, é partir para um tratamento eficaz sem perder de vista aqueles hábitos saudáveis que mencionamos para evitar os fios partidos.

Cauterização capilar

cauterização capilar é um dos tratamentos mais eficazes para a recuperação dos cabelos que se quebram facilmente. Isso porque o procedimento consiste em repor a queratina do fio, principal componente de sua estrutura e responsável por manter as madeixas com um aspecto saudável.

A ação de agentes como secador e chapinha, mas também de elementos naturais, como sol e vento, faz com que o fio perca queratina, constituída por aminoácidos que preenchem cerca de 90% da fibra capilar. Ou seja: as madeixas ficam mais quebradiças e sem vida, pois nenhum nutriente ali depositado permanece, uma vez que a estrutura está danificada.

A queratinização, outro nome dado à cauterização, tem ação reconstrutora e atua de dentro para fora (do córtex até a cutícula), de forma a repor a massa capilar. Com o auxílio de uma fonte de calor, a técnica é mais potente porque permite que os nutrientes fiquem presos à camada interna da fibra do cabelo, devolvendo a elasticidade e evitando as quebras.

Mas atenção: é preciso dosar bem, pois o excesso de queratina nos fios tem um efeito contrário, ou seja, só piora o ressecamento e a quebra. Por esse motivo, as aplicações devem ser mais espaçadas, sendo que pessoas com cabelos mais saudáveis devem recorrer ao procedimento com parcimônia.

Hidratação

Pegar pesado na hidratação também é uma boa saída para quem está sofrendo com a quebra dos fios. Na verdade, esse é um tratamento essencial na rotina capilar de toda mulher, mas muitas acabam deixando de lado o ritual e danificam as madeixas.

Quando sua estrutura está saudável, hidratar o cabelo faz com que a água e os nutrientes que as mechas perdem naturalmente sejam repostos. Caso contrário, é preciso recuperar a queratina — com a cauterização capilar, por exemplo — para conseguir fazer com que o fio segure aquilo que a hidratação fornece.

Se a cauterização pede cautela por conta dos efeitos do excesso de queratina, hidratar as madeixas não tem contraindicação. É preciso, porém, que você atente a seu tipo de cabelo e escolha produtos específicos para ele.

Quanto mais seco for o fio no comprimento, como no caso das crespas e cacheadas, mais denso e oleoso convém ser o creme para hidratação. E quanto mais liso e oleoso, mais suave deve ser o produto.

De toda forma, nunca é demais dizer: passar creme de hidratação na raiz está fora de cogitação, combinado? Isso pode provocar caspas e prejudicar a respiração do couro cabeludo.

Reconstrução capilar

reconstrução capilar tem um objetivo semelhante ao da cauterização, mas com algumas diferenças. O processo visa repor a queratina dos cabelos não só para salvar aqueles fios já detonados, mas para prevenir eventuais danos quando há procedimentos agressivos agendados (coloração ou descoloração, por exemplo).

A reconstrução pode ser feita em casa, com produtos ricos em proteínas, aminoácidos, silicones e agentes reconstrutores. Os cremes reconstrutores, muitas vezes acrescidos de ampolas de queratina, fecham as camadas do fio para segurar os nutrientes.

A grande questão é que esse procedimento não precisa de calor, como ocorre na cauterização, para ser finalizado. Trata-se, portanto, de uma boa alternativa de tratamento caseiro: a depender dos danos, você pode fazê-lo uma vez por mês, de 15 em 15 dias ou até toda semana.

Em que consiste a queda de cabelo?

Agora que você já sabe tudo sobre a quebra de cabelo, vamos falar sobre a queda dos fios. Se o primeiro problema é resolvido com alguns cuidados básicos e tratamentos reconstrutores ou hidratantes, o segundo tem causas mais complexas e pede uma abordagem completa.

Quer saber quais são as diferenças entre quebra e queda? Essa é a principal: no cabelo quebrado, o dano é no seu comprimento, mesmo que perto da raiz; já na queda, pressupõe-se a perda do fio, sendo que o bulbo capilar é afetado. Trata-se de uma “retirada” mais profunda.

Mas fique calma, pois nem toda queda de cabelo é definitiva. Na maior parte das vezes, os fios nascem novamente e o problema se prova reversível. Em situações mais extremas de predisposição genética, há opções que também resolvem o incômodo estético, ok?

Causas

As causas da queda de cabelo são inúmeras e, para encarar o problema, é preciso consultar um bom dermatologista, além de outros especialistas, como o tricologista. Basicamente, o quadro pode estar ligado a fatores genéticos (que indicam uma predisposição hereditária), estresse ou alterações físicas e hormonais específicas.

Portanto, você pode sofrer com a queda tanto por uma falta de sorte genética quanto porque anda sobrecarregada e seu corpo sente esse desequilíbrio. Há, ainda, a possibilidade de algo físico ou hormonal ter desencadeado isso, como:

  • dietas restritivas, que privam o corpo de nutrientes;
  • gravidez;
  • amamentação;
  • tratamentos para o câncer;
  • doenças crônicas;
  • problemas de tireoide.

Até medicamentos aparentemente inofensivos são capazes de causar a queda dos fios, como antidepressivos e remédios para artrite ou pressão alta. Em resumo, há uma série de fatores que pode levar à situação e, por isso, a opinião de um especialista é muito importante.

Nesses casos, não basta cuidar da beleza dos cabelos que “aparece”: é preciso ir à raiz do problema, no interior do próprio corpo (e da nossa mente).

Formas de prevenir

Para evitar a queda de cabelo, você deve tomar os mesmos cuidados que mencionamos quanto à quebra e mais alguns. Isso porque o problema não está na estrutura do fio ou na falta de queratina, mas no seu corpo como um todo, envolvendo carga genética e aspectos emocionais ou hormonais.

No entanto, algumas orientações podem auxiliar na prevenção e no controle mais precoce do quadro. Abaixo, citamos algumas delas.

Pesquise sua predisposição genética

O primeiro cuidado é entender seu histórico familiar e ver se sua herança genética é favorável à alopecia. Caso a resposta seja positiva, ir ao dermatologista o quanto antes pode ser decisivo para impedir a evolução da queda de cabelo, pois um tratamento preventivo será estudado.

Cuide do seu bem-estar mental

Se o estresse é um dos fatores que favorecem a queda dos fios, cuidar de você de dentro para fora é essencial. Questões emocionais desencadeiam não só problemas capilares, mas muitos outros que reverberam em sua aparência física. Portanto, procure fazer atividades prazerosas, desacelere sempre que necessário e cuide de você.

Não faça dietas restritivas

Há quem aposte em dietas que prometem milagres para perder alguns quilinhos, mas o resultado é a falta de cabelo posteriormente. Então, em vez de recorrer a regimes restritivos, procure fazer atividades físicas e reaprender a comer.

Medidas radicais quanto à alimentação também provocam alterações de humor que, associadas ao estresse, viram uma verdadeira bola de neve.

Fique atenta a possíveis reações de medicamentos

Sempre que for iniciar um tratamento para alguma doença, procure saber quais serão as possíveis reações em seu corpo. É claro que você não vai deixar de tomar um medicamento por causa disso, mas prever o efeito permite já iniciar uma ação preventiva e evitar que a queda aconteça, não é mesmo?

Tenha cuidado ao prender os cabelos (mais uma vez)

Lembra que dissemos que a forma de prender os cabelos pode causar quebras? Pois é: pode levar a quedas também. Tracionar os fios de determinadas formas e com maior força faz com que eles caiam e ocasiona inflamações nos folículos.

Mantenha o couro cabeludo limpo

Para garantir a saúde do cabelo, é preciso que sua raiz esteja bem arejada. O excesso de oleosidade e os resíduos de produtos comprometem esse frescor do couro cabeludo que se estende até as pontas. Vale a pena usar os shampoos antirresíduos com frequência e recorrer ao detox capilar para eliminar as impurezas.

Tratamentos para a queda de cabelo

Agora, vamos a alguns dos tratamentos possíveis para a queda de cabelo? É fundamental que você conte com uma orientação médica para definir a melhor abordagem e minimizar qualquer risco.

Terapia capilar

A terapia capilar é muito eficiente para a queda dos fios e deve ser feita por um especialista no assunto, ou seja, um tricologista. Todos os procedimentos previnem e tratam anomalias no couro cabeludo e no cabelo, além de mitigarem agressões do cotidiano e corrigirem desequilíbrios causados pelo excesso de química.

Depois de conhecer os hábitos e a rotina da pessoa, o profissional parte para os exames de sangue, a tricoscopia do couro cabeludo e um trabalho de exclusão de doenças infecciosas ou autoimunes. Tudo isso contribui para garantir a eficácia do tratamento.

Primeiramente, é dado um diagnóstico sobre a saúde dos fios. Dependendo do nível dos danos, o tricologista já aplica um tratamento emergencial. O segundo passo é a escolha do método a ser utilizado: massagem capilar, máscaras de argila, fotobioestimulação ou peeling capilar, desde que adequados ao diagnóstico.

O número de sessões varia em cada caso. Em situações de queda mais avançada, podem ser necessárias 12 sessões, sempre com intervalos de uma semana entre elas.

Remédios naturais

Quem está com uma queda menos acentuada e prefere abordagens mais naturais pode optar por remédios caseiros. Apesar de não existirem pesquisas comprovando cientificamente a eficácia de tais métodos, muitas mulheres apostam neles.

Vários ingredientes já são velhos conhecidos e entram naquela lógica de que, se não resolverem o problema da queda, algum benefício vão trazer. Esse é o caso da aloe vera, que pode ser aplicada diretamente no couro cabeludo para hidratar a região, além de equilibrar o pH.

Há quem diga que usar o vinagre de maçã diluído em água para enxaguar os fios depois da lavagem comum tem o poder de prevenir a queda, pois favorece a saúde do couro cabeludo e evita a caspa.

Compostos naturais que agem como calmantes também podem ajudar, pois sua ingestão ameniza o estresse (capaz de desencadear a queda). Entram aí o maracujá, a camomila e a valeriana, por exemplo. Use os fitoterápicos como aliados.